sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

BP adota compliance e melhora a relação entre os públicos interno e externo



BP adota compliance e melhora a relação entre os públicos interno e externo
Compliance em Saúde. Qual o papel do gestor e de cada um dos membros de uma instituição de saúde, para garantir a qualidade no setor? Para falar sobre o tema, convidamos a representante de uma instituição que tem um hospital acreditado pela Joint Commission International desde 2013, o BP Mirante. Com a palavra, Denise Santos, CEO da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O que é o conceito de compliance para uma instituição como a BP?
Na BP, o conceito de compliance praticado e difundido é o de estar aderente a normas internas, legislação, cultura, valores sociais e estratégia. Esse contexto, evidentemente, contempla a ética, a transparência e a segurança que entendemos ser o pilar fundamental para garantir a assistência livre de danos ao cliente.
Há quanto tempo a BP vem desenvolvendo programas nesse sentido?
Desde 2014 estamos trabalhando forte para implementar os elementos essenciais de compliance: mapeamento de riscos, revisão do Código de Conduta, implementação de Canal Confidencial e condução de trabalhos de monitoramento de processos por meio de auditoria e treinamentos. Vale destacar que a BP possui uma área de Auditoria Interna, Riscos e Compliance dedicada a esses programas.
Quais os principais objetivos da aplicação do conceito de compliance em uma instituição de saúde?
Numa instituição como a BP que possui 7 unidades de negócio, sendo 3 hospitais, cerca de 8 mil colaboradores, atua num mercado altamente competitivo, atende a inúmeras exigências técnicas e administrativas de diversos órgãos reguladores e continua crescendo, sem abrir mão da qualidade do serviço que presta, compliance é vital. É quase impossível imaginar tudo isso funcionando de maneira eficiente e sustentável, sem transparência nas relações, à margem da ética e sem regras de negócio bem alinhadas. E é por meio do compliance que resolvemos essas questões e criamos um ambiente de trabalho saudável e favorável.
De que forma adotar técnicas de compliance pode melhorar o desempenho de uma instituição de saúde?
Quando uma instituição adota o conceito de compliance alinhado à sua estratégia, ela consegue tornar os processos mais fluidos, transparentes e criar condições para que os eventuais desvios sejam detectados com mais agilidade. Isso tudo facilita a aplicação de ações preventivas pontuais, minimizando impactos para clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores.
Como esse conceito é trabalhado entre os colaboradores da BP?
Buscamos promover a difusão e fixação de conceitos, aliados à vivência prática. Logo na admissão, os colaboradores tomam ciência do Código de Conduta da BP, um orientador de convívio que também é divulgado para os médicos. Além disso, desde 2016, o conceito é abordado em eventos internos periódicos como a Semana de Ética e Compliance, evento dedicado ao tema com exposições relevantes e com a presença de colaboradores e palestrantes externos.
Desde quando essa questão vem sendo mais trabalhada na BP, é possível detectar melhorias no atendimento?
Sim, e isso tem a ver o ambiente que criamos. Detectamos isso diariamente no ambiente interno e, principalmente, nas relações com médicos e fornecedores.
Há efeitos visíveis na qualidade e segurança do paciente? Como eles chegam aos pacientes?
A adesão às normas internas, inclusive protocolos médicos, legislação, cultura, valores e estratégia, beneficia todos os nossos públicos, principalmente o cliente, que sente que está sendo atendido com segurança, transparência e ética.
Quais os maiores desafios e as principais dificuldades para a implementação de um programa de compliance?
Num ambiente complexo e dinâmico como a BP, é necessário ter consistência no discurso. Assim, o maior desafio é tornar o tema presente e de fácil entendimento para todos os nossos públicos.
De que forma os padrões de acreditação internacional da JCI contribuem para a implantação das medidas de compliance da BP?
Os padrões da Joint Commition International (JCI) norteiam a elaboração das normas e diretrizes internas que estão inseridas nas nossas práticas de compliance. Dessa forma, incorporamos esses padrões de excelência ao nosso dia a dia e eles deixam ser metas a serem atingidas e passam a ser entendidos pelos colaboradores como parte de um processo, uma característica de como determinada rotina de trabalho deve ser executada dentro da BP.

CBA solidifica atuação em Portugal


CBA solidifica atuação em Portugal
Há cerca de dez anos, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) vem atuando em Portugal, como parceiro da SInASE, que presta serviços de consultoria, auditoria e formação no âmbito dos sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001) e modelos de acreditação em saúde. Até então, a parceria entre as duas instituições era relativa à prestação de serviços de educação para melhoria da qualidade e segurança em hospitais públicos, privados e unidades de cuidados continuados das Misericórdias. Agora, um novo passo está sendo consolidado: a expansão da atuação no setor de formação educacional, de serviços e recursos. “Passaremos à divulgação conjunta dos serviços da Joint Commission International, a JCI, e demais produtos técnicos do CBA no contexto europeu”, garante Carla Gonçalves Pereira, diretora executiva da SInASE.
Ela aponta que os principais benefícios dessa união das duas instituições são a proximidade ao cliente e de partilha de recursos e sinergias na promoção da acreditação e melhoria contínua.
A diretora executiva revela que a parceria com a Universidade de Nova Lisboa (Information Management School) vai alavancar ainda mais os padrões de acreditação da JCI, proporcionando uma estratégia da transformação digital em saúde. “Vamos lançar o curso avançado de Acreditação Hospitalar e Business Intelligence, com possibilidade de completar em pós-graduação”, adianta.
Essa ligação SInASE-CBA na área educacional já está consolidada. “Os cursos do CBA constituem uma oferta permanentemente disponível em plataforma online, ou em regime presencial desenvolvidos nas instalações da SInASE ,em Lisboa ou no Porto”, explica Carla Pereira, que destaca como diferencial os docentes experientes que se deslocam do CBA, no Brasil, para ministrar os cursos em Portugal.
http://www.cbacred.org.br/noticias/2018/02/03.asp