quarta-feira, 28 de outubro de 2015

CBA na Revista Valor Carreira


Anúncio veiculado na Revista Valor Carreira 

CBA participará da pesquisa em 2016!


http://www.revistavalor.com.br/home.aspx?pub=20&edicao=13

Total Care Cincinato Braga - AMIL

Parabéns a todos os profissionais do Total Care Cincinato Braga-AMIL
pelas Recertificações dos seguintes Programas:
CCPC em Asma e CCPC em DPOC

ANS avalia qualidade dos planos de saúde no Brasil

ANS avalia qualidade dos planos de saúde no Brasil

Cláudia Collucci

O mercado de planos de saúde enfrenta uma grave crise, com redução de beneficiários e possibilidade de mais quebra de operadoras, segundo especialistas do setor.

Só no último trimestre (de julho a setembro), a perda foi de 236,2 mil clientes. A desaceleração começou há um ano, quando a taxa de crescimento começou a cair. No mês passado, o setor registrou a perda de 164,4 mil beneficiários.

Setembro fechou com total de 50,26 milhões de clientes –queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2014. A análise é do IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), a partir de dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

A quebra da Unimed Paulistana, que figurava entre as maiores do sistema Unimed, acendeu o alerta vermelho. Para a advogada Renata Vilhena, especializada em direito à saúde, o risco de mais operadoras quebrarem é real.

"A Unimed Rio já está sofrendo intervenção da ANS. A Unimed Paulistana estava sofrendo intervenção da ANS desde 2009 e durante esse período a situação piorou, culminando na catástrofe anunciada em setembro", afirma.

Para a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a retração do mercado pode ser atribuída à atual crise econômica, em especial à retração do mercado de trabalho e do rendimento real dos brasileiros.
A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) diz que a situação do setor também foi agravada pela inclusão de novos procedimentos que os planos são obrigados a oferecer.

"O reajuste autorizado pelo governo [no caso dos planos individuais] não paga esses custos. Estamos numa encruzilhada. O setor está destruído", diz Pedro Ramos, diretor da Abramge. Os planos individuais representam cerca de 20% do mercado.

Mas Ramos não acredita em "quebradeira geral" do setor. "Haverá concentração de mercado. As empresas mais sólidas vão ter que socorrer as que estão em dificuldades."

CUSTOS

Na opinião de Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, a "quebradeira" se aplica a casos pontuais. "O que não significa dizer que o setor não enfrente dificuldades e tenha seus desafios. Há uma década temos notado que os custos da saúde superam, de forma significativa, a inflação média do país", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do instituto.

Em dezembro de 2014, o indicador VCMH (Variação do Custo Médico-Hospitalar) apontou alta acumulada em 12 meses de 16,7%, enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) era de 6,7%.

Na opinião de Carneiro, o setor deve fechar o ano em queda, mas em proporção inferior à retração do PIB e do nível de emprego. "O plano de saúde é o terceiro principal desejo do brasileiro, atrás de educação e da casa própria. Então, é natural que, enquanto houver condições financeiras, os beneficiários e as empresas tentarão preservar esse benefício."

Para Vilhena, porém, a crise do mercado de planos é resultado de uma "crise de valores institucionais". "As pessoas só pensam em beneficio próprio, em receber vantagem financeira imediata, sem pensar no amanhã. Conversar com os idosos vítimas desta situação da Unimed Paulistana dá desespero, as famílias estão sem qualquer opção. Os planos oferecidos pelo acordo tem uma rede credenciada muito pequena, sem condições de atender 750 mil pessoas."

fonte Folha de São Paulo 




Prezados amigos 
Dispomos o livro Qualidade e segurança em saúde: os caminhos da melhoria via Acreditação Internacional – relatos, experiências e práticas para a avaliação dos leitores e divulgação através deste canal abaixo.
De um like, diga se esta lendo, se recomenda , enviem também sua resenha sobre o livro. 
Desde já agradecemos!
Autor Heleno Costa Junior 
https://www.skoob.com.br/qualidade-e-seguranca-em-saude-os-caminhos-da-melhoria-via-acreditacao-internacional-%E2%80%93-relatos-experiencias-e-praticas-529587ed537874.html

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Medidas de segurança do paciente têm resistência de médicos, diz anestesista


Medidas de segurança do paciente têm resistência de médicos, diz anestesista

Ricardo Mioto e Gabriel Alves

A alta mortalidade dos pacientes no país está relacionada com a grande quantidade de erros médicos –ou "eventos adversos", no jargão–, diz o médico anestesista Enis Donizetti Silva, 55, presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo.

Enis aponta resistência dos médicos, tanto em na rede pública quando em hospitais de elite, a procedimentos padronizados e mesmo a medidas simples como lavar as mãos.

Ele capitaneia a criação da Fundação para a Segurança do Paciente, que congrega várias entidades médicas e será lançada em novembro.

Folha - Por que uma fundação pela segurança do paciente?
Enis Donizetti Silva - Se você ficar internado uma semana em um hospital brasileiro, é muito grande a chance de acontecer algo errado com a sua medicação. Dose errada, hora errada, paciente errado, medicação errada. São quase 40% de eventos adversos nos hospitais brasileiros, contra 15% em outros países.

Como se faz essa conta?
Contamos todo mundo que entra no hospital. Isso é o que consideramos 100%. De todos esses pacientes, no Brasil, quase 40% tiveram eventos adversos. O que são eventos adversos? É o que antigamente chamávamos de erro médico: tudo que sai fora do padrão estabelecido de diagnóstico ou tratamento e trouxe algum dano ao paciente.

Mas convenhamos que, a 40%, a mensagem é que é melhor ficar em casa...
Sem dúvida. Há alguns caminhos para reduzir isso, como checklists. É como quando um avião vai voar. Combustível? Instrumentos de voo? Na medicina é a mesma coisa. É este o paciente mesmo? É esta a perna certa? Mas poucos hospitais brasileiros fazem checklists. Em geral, só os que procuram ter acreditação [certificações internacionais de qualidade].

Mas há também uma resistência altíssima dos médicos ao checklist, não?
Muito grande. Total.

Até porque em geral ele não é comandado pelo médico.
É o enfermeiro, o técnico.

Então isso significa uma perda de poder do médico.
Sim. Quando você implanta uma cultura de segurança, você dá poder ao lado mais fraco: técnicos, enfermeiros, fisioterapeutas. O médico vai perder aquela aura. E isso tem de ser ensinado desde a faculdade. Porque o que ensinam hoje é que eu vou lá, examino, faço diagnóstico, estabeleço o tratamento e... dou uma ordem para a enfermeira.

Muitos médicos dizem que realizar checklists é burocratizar a medicina.
Depois que uma cultura está estabelecida, é difícil mudá-la. Ainda temos muitos problemas com médicos que não lavam a mão. Mas veja: na faculdade, não há aulas sobre a importância da lavagem. Resultado: mais de 90% dos casos de infecções de corrente sanguínea e infecção associada a cateter estão associadas a isso...

Quando surgiram as acreditações, elas eram tratadas jocosamente. "Vou preencher a burocracia." Médicos são às vezes um entrave a mudanças importantes.

É importante, por exemplo que os dados do paciente sejam anotados em um sistema eletrônico. Assim não vou injetar dipirona no paciente alérgico porque esqueci, porque não estava na minha ficha, porque a caligrafia do outro era incompreensível.

Se temos tantos problemas de procedimento, parece um tanto claro que despejar dinheiro em hospitais com procedimentos falhos não vai resolver o problema.

Só vai piorar. O grande problema de eventos adversos não é falta de infraestrutura. É o processo. E olha que nossa média já é muito alta: a mortalidade hospitalar do SUS na modalidade cirúrgica é de 3,72%. Em outros países, esse valor é de 0,5%.

Sem falar no altíssimo tempo de internação. Não adianta eu recuperar sua pneumonia mas deixar você 27 dias no hospital, porque eu causei um monte de eventos adversos. Pacientes que deixamos duas semanas internados ficam só quatro dias no hospital no exterior. Isso cria filas enormes no sistema de saúde. Um paciente ocupa o lugar de cinco. Sem falar no risco de, lá pelo décimo dia de internação, alguém errar o seu remédio...

Além do checklist, o que mais pode ser feito?
Um estudo clássico americano mostrou que a taxa de mortalidade em cirurgia cardíaca feita em um hospital que fazia o procedimento 30 vezes por ano era de 27%. Em um hospital que operava 10 mil doentes por ano, 6%.

Por que isso acontece? Quando você faz um volume grande, começa a estabelecer algo como uma linha de produção: cria procedimentos, estabelece padrões. Desse modo, hospitais abaixo de cem leitos começaram a ser questionados e fechados nos EUA.

Mas sabe quantos leitos têm a maior parte dos hospitais brasileiros? Uns 50, menos. A incidência de complicações é altíssima, porque o médico vai fazer um determinado tipo de cirurgia só uma ou duas vezes por ano.

Fechar hospitais pequenos é uma bandeira um tanto ingrata... Fico imaginando que político vai querer falar isso na cidadezinha do interior.
É terrível. O que se pode fazer é criar níveis de cuidado, deixando tais hospitais com procedimentos mais simples.

Outra dificuldade política é apontar problemas de gestão de processos no SUS. Uma ala dos especialistas defende que isso é um jeito de desviar o foco do financiamento.

Pois é. Minha bandeira é esfarrapada, o mastro é fraco e o vento é forte. O que tem de bonito nos processos? Nada. Não há glamour. Não estou falando em tratamento nos melhores lugares. Não estou falando em transporte de helicóptero, de jato, em superUTI. O que digo é justamente que o helicóptero, o jato, a superUTI podem contribuir enormemente mal para sua saúde.

Mas é difícil. Porque o que todo mundo quer é ter o plano top da Omint, da SulAmérica. Mas às vezes não é isso.

Nesse sentido, como é a situação da segurança do paciente em hospitais como o Sírio-Libanês ou o Einstein? Parece que mesmo eles têm problemas.

Eles vão bem na maior parte dos indicadores, até porque eles têm uma marca a proteger, mas há várias falhas, e eles sabem que há problemas graves. Uma questão é a própria lavagem das mãos. Os hospitais sempre fazem campanhas –e sempre fica claro que a adesão é baixa.

Uma das dificuldades desses hospitais é o fato de eles terem o corpo clínico aberto [ou seja, os médicos não são funcionários do hospital]. Isso dificulta padronizar processos. Aqui ficamos discutindo autonomia médica, se "o protocolo emburrece".

E quão factível seria não ter corpo clínico aberto?
É muito difícil. Porque, no nosso modelo, o paciente procura o médico, e o médico leva o paciente para o hospital. Então o hospital precisa cativar o médico. Imagina chamar o médico e dar bronca porque não lavou a mão... "Vai que ele fica chateado e não vai querer mais internar aqui..." Especialmente se você é um médico que põe 200 pacientes por mês no hospital.

Uma crítica comum a hospitais de elite é que eles seriam pequenas indústria de exames, procedimentos... Ninguém pisa neles impune, vai sair no mínimo com algum exame.

Vai sair. E temos de informar ao paciente que o excesso de exames traz prejuízos. O doente tem que saber que, ao pressionar o médico por um monte de exames desnecessários, está correndo risco. Porque os exames não são perfeitos. Tem falso positivo.

Eu já vi casos assim: um exame estava apontando uma alteração que só poderia ser confirmada por uma biópsia no fígado. Pegaram uma veia importante, teve sangramento. Aí teve de fazer uma cirurgia no abdômen para dar ponto no fígado. Foi para a UTI. Internação. Sabe qual o diagnóstico no final? Fígado normal.

Check-up bom é um bom exame clínico. Pegar uma lista de 40 exames e botar X em tudo? Pode ter certeza, seis ou sete virão com alterações.

É uma reclamação frequente dos pacientes: o médico é ruim, só ficou de conversinha, não pediu nenhum exame...


Exato. E virou uma indústria. É o lado perverso: o médico também quer bastante exame, até cirurgias, porque vai ter uma participação.
Fonte - FOLHA DE SÃO PAULO

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Crédito da foto: Cirineu Brauner
Top Ser Humano e Top Cidadania
Hospital Moinhos de Vento é o único a conquistar duas categorias no prêmio ABRH 2015
O Hospital Moinhos de Vento conquistou novamente os prêmios Top Ser Humano e Top Cidadania, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Nesta edição, a instituição foi a única a conquistar as duas categorias na mesma edição do prêmio. As distinções foram entregues em cerimônia realizada nesta quarta-feira (07) no Grêmio Náutico União.
Com 88 anos de trajetória marcada por inovação e excelência, o Hospital foi uma das vencedoras do Top Ser Humano, com o case "Cuidar como Missão, Celebrar como Gestão". A instituição utiliza a confraternização como um instrumento de gestão, valorizando a equipe, fortalecendo o empenho e a atenção dos colaboradores para cumprir a missão de cuidar de vidas e, ainda, construir um bom ambiente de trabalho e promover a cultura do pertencimento.
Um grande rol de iniciativas, entre ações e eventos, é minuciosamente planejado para envolver a todos, dos colaboradores às comunidades do entorno onde estão localizadas suas unidades. “Expressar gratidão, reconhecer e retribuir são características da nossa Instituição, pois os colaboradores são o nosso maior patrimônio," destaca o superintendente executivo, Fernando Andreatta Torelly.
Troca, conquista e trabalho
O Hospital também conquistou o Prêmio Top Cidadania, com o case "Hospital Restinga e Extremo-Sul: troca, conquista e trabalho como fator de transformação social". Inaugurado em 1º de julho de 2014, o Hospital trouxe grandes avanços sociais para os mais de 100 mil habitantes da região, que agora encontram, perto de casa, um complexo hospitalar que dispõe de pronto atendimento 24h e de uma unidade de internação, apoiados por uma estrutura de exames de diagnóstico.
O HRES tem hoje 343 funcionários. Cinquenta e dois por cento dos colaboradores de nível médio e técnico são moradores da própria Restinga e de bairros do Extremo-Sul. Parte da equipe foi formada na Escola de Gestão em Saúde fundada em 2009, com a missão de qualificar a mão de obra local e formar profissionais para atuação na instituição, que é administrada pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento, em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, Governo do Rio Grande do Sul e Ministério da Saúde. A unidade é dividida em Hospital, Emergência, Centro de Diagnóstico, Centro de Especialidades e Escola de Gestão em Saúde.
Ao unir desenvolvimento humano, prosperidade social e qualidade de vida, o HRES criou uma relação de proximidade com a comunidade, conforme destaca o Superintendente de Educação, Pesquisa e Responsabilidade Social Luciano Hammes. “Buscamos desenvolver um projeto sustentável que contribuísse para a sociedade, não só em termos de saúde pública, mas também para a qualificação profissional e geração de emprego. O alcance social dessa iniciativa para a Restinga transcende o acesso à saúde. A relação é uma via de mão dupla – o grupo do hospital e a comunidade transformam e são transformados, todos os dias”.
Sobre os prêmios
O Top Ser Humano reconhece indivíduos e organizações que valorizam o ser humano como diferencial estratégico para o crescimento das pessoas e empresas. O Top Cidadania premia as ações sociais realizadas pelas organizações na comunidade gaúcha, contribuindo para o incentivo dos investimentos sociais nas empresas do Estado.

Crédito da foto: Cirineu Brauner.